
Então, que tal correu a Palestra?
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Eu acredito... E tu?
Margaret Fishback Powers
Há muito tempo deram-me a conhecer um poema intitulado "Pegadas na Areia". Um dos poemas que mais determinaram a minha fé e me marcaram a olhar para trás e observar as pegadas da minha vida.
Hoje, terminei de ler o livro “Pegadas na Areia” escrito pela autora do mesmo poema, Margaret Fishback Powers. Aqui, ela conta a verdadeira história do poema e a forma como Deus a pegou ao colo ao longo da sua vida. Sem dúvida, um poema que cada um de nós deve ter presente em cada passo. Um turbilhão de sentimentos criado por um início de vida a dois e uma retrospectiva de um passado marcado por profundos sofrimentos são as reais inspirações deste poema. Assim, partilho convosco o verdadeiro ‘poema que tem inspirado milhões de pessoas em todo o Mundo’:
Pegadas na Areia
Margaret Fishback Powers - 'Eu tive um sonho'
Agora, que já lá vão duas semana após o regresso das terras angolanas, partilho o meu testemunho com todos aquelas que me acompanharam nesta experiência missionária; partilho com aqueles que estiveram ao meu lado, a ver como eu vi, a sentir o que eu senti, a rezar, a reflectir e a ver Cristo onde eu também vi; mas partilho também com aqueles que sem estarem ao meu lado , sem viverem o que vivi, foram também comigo no meu coração.
Depois de uma longa caminhada e iluminados pela chegada do “Menino de Maria”, partimos para caminhos bem diferentes dos habituais com a missão de encontrar Jesus naqueles com quem nos iríamos cruzar na Primeira Semana Missionária Claretiana no Lubango.
Após voar sobre terra e mar foi com o aconchego do pôr do sol que a capital angolana nos recebeu e nem mesmo o anoitecer foi capaz de camuflar o mundo diferente que acabávamos de encontrar.
Os 2 dias passados em Luanda permitiram uma adaptação e uma pequena integração numa cultura que em quase tudo difere da que temos por cá.
Depois de esperar e desesperar foi no “fresco e verde” da cidade de Lubango que mais sentimos e experimentamos a missão: onde descobrimos e encontramos um coração aberto em cada sorriso, em cada longo abraço de Boas-Vindas; onde experimentamos os desafios de quem entrega aos outros o melhor de si mesmo; onde sentimos as dificuldades daqueles que repartem o pouco que têm e mesmo com os poucos recursos não desanimam e deitam sempre as mãos ao trabalho.
No Lubango a beleza da natureza é avassaladora e o verde das montanhas junta-se no horizonte com o céu que é poderoso.
As celebrações que vivemos nas comunidades foram das mais sentidas que vivi e demonstram-nos como é na simplicidade dos puros de coração que Deus se revela.
Toda a Eucaristia é vivida com grande alegria pela cor, pelos cânticos e pela dança mas também com grande espiritualidade e louvor a Deus pelo dom da vida.
Em cada um dos centro que tivemos a oportunidade de conhecer encontramos na pessoas dos Catequistas o grande alicerce das comunidades. Estes escolhidos de entre o seu povo são importantes instrumentos ao serviço de Deus ajudando os seus irmãos na necessidade e promovendo a paz, o amor, o perdão e um ser humano mais digno.
Os missionários leigos e consagrados assumem também um importante papel nesta sociedade com fome de Paz e sede de Justiça. São aqueles que, deixando a sua casa, a sua cultura e a sua comodidade dão o melhor que têm ao “mais urgente, oportuno e eficaz”.
Agora, de regresso à vida agitada, compreendo melhor o sentido do tempo e o valor dos muitos bens que nos parecem essenciais ao nosso dia-a-dia. Sinto alegria ao perceber que num mundo que tem duas faces existe fé num mesmo Deus, que Jesus vive também nos corações daquelas crianças sorridentes que encontramos, daquelas mamãs carregadas com quem nos cruzamos , dos missionários que dão o melhor de si e de todos aqueles que partilham esta vida comunitária. Esta Semana Missionária possibilitou que voltássemos ao nosso quotidiano com um coração ainda mais aberto ao mundo e mais disponível para abraçar a missão que Deus tem para cada uma de nós, seja ela qual for.
Um agradecimento enorme a todas as comunidades, com especial obrigado às Comunidades Claretianas de Corimba, Lubango e Arimba, que tão bem nos acolheram, pelas várias experiências que connosco partilharam e pelo testemunho que as suas vidas de missão nos puderam transmitir.